Mesmo com níveis de prática esportiva, vôlei no ES ainda dá passos tímidos
Nesta terça-feira (27), é comemorado o Dia Nacional do Vôlei. Mesmo sendo uma potência mundial do esporte, dentro do Brasil há ressalvas quanto a falta de investimentos em alguns estados do país e, consequentemente, falta de poderio esportivo. Esse é o caso do Espírito Santo, que ainda caminha a passos curtos para uma evolução. Segundo o […]

Nesta terça-feira (27), é comemorado o Dia Nacional do Vôlei. Mesmo sendo uma potência mundial do esporte, dentro do Brasil há ressalvas quanto a falta de investimentos em alguns estados do país e, consequentemente, falta de poderio esportivo. Esse é o caso do Espírito Santo, que ainda caminha a passos curtos para uma evolução.
Segundo o presidente da Federação Espírito-Santense de Vôlei (Fesv), Celso Jantorno, o cenário atual é de uma realidade voltada à capacitação e valorização dos profissionais e jogadores.
“O cenário atual é de construção de uma realidade voltada para a valorização das categorias de base no vôlei de quadra e de praia, capacitação de técnicos e professores, organização de Campeonatos estaduais nos moldes modernos praticados nos grandes mercados onde o voleibol é mais desenvolvido no Brasil e no exterior. Isso nos dará a possibilidade de ter ganhos técnicos num futuro breve de médio prazo, por volta de cinco anos”, explica o presidente.
Celso explica que, atualmente, o Estado tem todos os níveis de prática esportiva necessários para o crescimento da modalidade: projetos sociais, campeonatos de categorias de base (feminino e masculino), além da criação da equipe adulta masculina Capixaba Vôlei Clube e, futuramente, a feminina.
A equipe adulta masculina Capixaba Vôlei Clube foi criada em março deste ano e se prepara para disputar a Superliga Nacional C, que tem data prevista para iniciar no mês de outubro. Vale ressaltar que uma equipe do Estado não participava de campeonatos da Superliga há 16 anos.
O presidente da FESV explica, também, os planos futuros da Federação para que o cenário estadual possa evoluir e se tornar uma potência nacional. Segundo ele, existem ações interligadas que, agindo em cadeia, construirão um cenário para essa mudança. São elas:
- Projetos sociais (vôlei participativo);
- Campeonato Estadual de categoria de base vôlei de quadra e de praia;
- Seleção Estadual de Base permanente treinando o ano todo;
- Equipe adulta feminina e masculina participantes na Superliga C;
- Realização de grandes eventos de vôlei de quadra e de praia no Espírito Santo.
“Executando esse modelo de gestão, conseguiremos ter um ambiente de crescimento técnico e de investimentos capazes de alavancar nossa modalidade ao cenário nacional”, completa Celso Jantorno.
Segundo ele, o ambiente da Federação foi de extrema importância para que todas essas mudanças pudessem acontecer. “Clubes, técnicos, atletas, poder público (principalmente o Governo do Estado) estão cientes e trabalhando para fazer do voleibol um esporte de muita relevância para o Estado do Espírito Santo. Além disso, também é importante agradecer a gestão anterior do Fernando Pasolini, pois, sem ela, não teríamos essas possibilidades que citei”, completa.
História da data
Dia Nacional do Vôlei é de extrema relevância pois a modalidade é a segunda mais praticada no Brasil. Também é o esporte onde o país mais coleciona medalhas nos Jogos Olímpicos.
O vôlei foi criado no final do século XIX pelo estadunidense William George Morgan, com o intuito de criar um esporte de equipes sem contato físico entre os adversários, de modo que os riscos de lesões fossem minimizados.
Até os anos 80 o esporte era pouco praticado no Brasil, porém, após as Olimpíadas de 1984, em Los Angeles, onde a Seleção Brasileira masculina conquistou a medalha de prata, sendo derrotada pelos EUA na final, o vôlei começou a ganhar adeptos. Aliado aos resultados importantes, o alto investimento de marketing e na formação da base melhoram muito o cenário do vôlei nacional.
A partir daí, o vôlei brasileiro não parou de conquistar medalhas e se tornou uma potência mundial da modalidade. Nos Jogos Olímpicos de 1992, em Barcelona, a Seleção masculina ganhou o primeiro ouro, vencendo a Holanda na final.
Em 2004, em Atenas, o feito se repetiu. A seleção derrotou a Itália e ficou novamente com o ouro. A equipe voltou a ganhar o ouro olímpico, em 2016, nas Olimpíadas do Rio de Janeiro.
Nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, foi a vez da equipe feminina ganhar espaço no cenário nacional. O time de Sheilla, Jaqueline e Fabiana derrotou os Estados Unidos na final e ganhou a primeira medalha.
Em 2012, em Londres, a equipe se tornou a terceira da história a conquistar duas medalhas de ouro consecutivas, derrotando, novamente, os Estados Unidos.