Sindserv mantém greve geral a partir desta terça-feira em São Mateus

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São Mateus (Sindserv) mantém a programação de greve geral a partir desta terça-feira (19). Na tarde desta segunda-feira (18) a presidente do Sindicato, Fabiane Santiago de Arruda, participou de reunião com o prefeito Marcus Batista no Centro Administrativo da Prefeitura. De acordo com ela, o encontro não foi “especificamente para tratar das pautas” do Sindicato, mas foi em atendimento a um convite feito pelo prefeito para dialogar com a diretoria do Sindserv.

“Obviamente discutiu sobre as nossas pautas, falamos sobre o nosso movimento, discutimos sobre a proposta que tinha sido encaminhada [pela Prefeitura], a contraproposta [do Sindicato] que foi enviada” – disse Fabiane à Reportagem em entrevista após o encontro. Ela frisou ainda que o prefeito não apresentou nova proposta, mas adiantou que ele disse que irá se reunir com a equipe para realizar um novo estudo. E que o comportamento do movimento paredista do Sindicato depende do posicionamento do Município. “Se houver proposta, os servidores vão deliberar sobre o encerramento da paralisação”, garante.

Em um comunicado, o prefeito Marcus Batista afirmou que a reunião serviu para abrir uma mesa de diálogo com a direção do Sindserv. “A prioridade foi ouvir, esclarecer com transparência os limites legais e orçamentários e definir encaminhamentos. Avançar no que é possível agora e estudar tecnicamente o que exige mais tempo. Meu compromisso permanece: porta aberta, respeito ao servidor e responsabilidade fiscal. Vamos seguir trabalhando para oferecer respostas à altura do trabalho dos professores e do que São Mateus espera de nós” – frisa o prefeito.

Também participaram do encontro equipes das secretarias de Governo, Gabinete e Administração, a presidente do Sindserv, Fabiane Santiago, e outros integrantes do Sindicato, a vereadora Professora Valdirene e o ex-prefeito Lauriano Zancanela.

Prefeitura afirma que serviços continuarão funcionando

Por meio de nota na noite desta segunda-feira, a Secretaria Municipal de Comunicação afirma que “a Prefeitura garante que todos os serviços municipais seguem funcionando normalmente: as escolas estarão abertas, o transporte público [escolar] em operação e a alimentação escolar assegurada”.

A Prefeitura acrescenta que o objetivo da reunião de ontem com o Sindserv “foi ouvir as demandas dos servidores, esclarecer com transparência os limites legais e orçamentários e definir encaminhamentos: avançar no que é viável de imediato e abrir estudos técnicos para as propostas que exigem avaliação adicional”.

Sindicato frisa que garante 30% dos serviços essenciais

O primeiro ato da greve geral está marcado para as 7h30 desta terça-feira, com a concentração dos servidores defronte da sede do Sindserv, no Bairro Boa Vista. De acordo com Fabiane, os servidores devem sair em caminhada pelas ruas da área central de São Mateus para fazerem uma nova concentração, desta vez, defronte do Centro Administrativo da Prefeitura, no Bairro Carapina. Ela frisa que o Sindicato deve garantir 30% dos serviços essenciais.

Segundo Fabiane, o movimento está com uma adesão muito grande dos servidores. “É claro que não é 100%, mas temos muita adesão e muitos servidores confirmando participação”, observa.

Na entrevista, a sindicalista salientou que não teria como precisar sobre o funcionamento das aulas, por exemplo. Segundo ela, na Educação existem muitos servidores terceirizados que não participam do movimento de greve. No entanto, afirma que muitos serviços oferecidos pela Prefeitura deverão ser afetados com a paralisação.

“Piso da enfermagem é uma vitória”, observa Fabiane 

A presidente do Sindserv pontua que considera o pagamento do piso da enfermagem para técnicos e auxiliares de enfermagem da Prefeitura de São Mateus como uma vitória da categoria. “O Município já sinalizou que vai fazer o pagamento, então a gente entende que já é uma obrigação. Agora pedimos a implementação das perdas do ticket de alimentação referente ao ano de 2023 e o retroativo do piso do magistério, referente aos anos de 2023 e 2024” – destaca.

Desta forma, Fabiane afirma que os servidores esperam contar com o apoio e a compreensão da população em relação à greve geral. “A gente sabe que isso afeta, mas infelizmente, quando a gente chega a deliberar por uma greve é porque não houve um diálogo, não houve uma discussão, uma negociação. E o que a gente pede é isso: que a população compreenda, nos apoie. O que a gente está pedindo é só o que está previsto em lei” – complementa.

PAUTA

De acordo com Fabiane, o Sindserv pede uma correção salarial de 10% para todos os servidores, além da implementação do piso do magistério retroativo a janeiro de 2025 e o resgate das perdas salariais do ticket de alimentação referentes ao ano de 2023.

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