Micro e pequenas empresas representam 71,5% do empregos gerados no ES nos últimos 13 meses
Nesta terça-feira, 27 de junho, é celebrado o Dia Internacional da Micro e Pequena Empresa (MPEs), instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2017. A data ressalta a importância econômica e social dos pequenos negócios em todo o mundo. Só de abril de 2022 a abril de 2023, o Espírito Santo registrou um saldo […]

Nesta terça-feira, 27 de junho, é celebrado o Dia Internacional da Micro e Pequena Empresa (MPEs), instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2017. A data ressalta a importância econômica e social dos pequenos negócios em todo o mundo. Só de abril de 2022 a abril de 2023, o Espírito Santo registrou um saldo positivo de 47.527 mil empregos gerados, sendo as MPEs responsável por 71,5% dessas oportunidades, ou seja, 34 mil empregos.
Nesse mesmo período, os pequenos negócios registraram apenas um saldo negativo, no mês de dezembro. Os dados fazem parte do levantamento realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
De acordo com o superintendente do Sebrae/ES, Pedro Rigo, as micro e pequenas empresas já se consagraram como a força motora da economia no Espírito Santo, se destacando na geração de emprego e renda para os capixabas. “Tudo isso é reflexo de um trabalho colaborativo para o fortalecimento de um ambiente de negócios favorável ao desenvolvimento dessas empresas no estado”, frisou.
Atualmente, funcionam no Estado 452.904 micro e pequenas empresas. Segundo o relatório do Sebrae, dentre as principais atividades com número de empreendedores capixabas ativos, o primeiro lugar vai para o comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, com 28.112, o equivalente a 6,21%.
Seguido de cabeleireiro, manicure e pedicure, com 20.802 (4,59%), obras de alvenaria (3,99%), promoções promoções de vendas (3,39%), lanchonetes, casas de chás, sucos e similares (2,42%). Cabe destacar que os Microempreendedores Individuais (MEI) são maioria entre os pequenos negócios, representando um total de 67,24% dos empreendedores capixabas.
É importante frisar que a sequência positiva seguiu de janeiro a abril deste ano, com 8.694 empregos gerados, o que representa 55,8% do saldo total de empregos no período. Só em abril de 2023 foram gerados 2.596 empregos pelas MPEs, contra 1.498 gerados pelas médias e grandes empresas (MGE). Nesse comparativo, as micro e pequenas empresas representam aproximadamente 45% do saldo total de empregos.
No mês de abril, o saldo positivo de emprego entre as micro e pequenas empresas foi liderado pelo setor de Serviços, seguido do setor de Construção e com destaque para o Comércio, que apresentou uma recuperação e registrou o primeiro saldo positivo do setor desde o início do ano. Apenas a Indústria da Transformação apresentou saldo negativo em abril.
Perfil do empreendedor capixaba
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), 590.857 pessoas empreendem no Espírito Santo. Destes, 195.538 são mulheres (33,09%) e 395.319 são homens (66,91%).
E mais, a faixa etária principal é de 35 a 44 anos (161.254), seguido de 45 a 54 anos (129.842) e 25 a 34 anos (124.819). É válido destacar ainda, que 340.251 do empreendedores do Estado são pessoas negras, o que corresponde a 57,59%.
Desafios de empreender
Para a micro empresária, Glauce Damiana, empreender sempre foi um sonho. “Sempre quis trabalhar para mim e, em um momento de crise, me encontrei e abri o meu próprio negócio”, contou.
Há dois anos como sócia de um empresa que fornece serviços de serralheria, marcenaria e arte visual, ela relatou que antes de entrar neste ramo já havia se frustrado com alguns negócios que acabaram não dando certo. “Já tentei revender calçados, roupas, até cosméticos, mas nada fluiu. Pensei em parar com isso, mas ainda bem que não desistir”.
Mãe, dona de casa e empresária, ela contou em entrevista que conciliar as multitarefas da empresa e do lar no dia a dia é um grande desafio. “Quando você tem um negócio próprio o trabalho é dobrado, principalmente quando somos nós mulheres que estamos à frente, pois somos muito mais cobradas em todas as áreas”, frisou.
Ela contou ainda que empreender é difícil, mas ao mesmo tempo prazeroso. Segundo Damiana, ser o seu próprio chefe não é sinônimo de trabalhar menos, muito pelo contrário, tudo da empresa vai depender da sua administração. “Para empreender é preciso ter garra e também saber ouvir as pessoas certas, entender que uma boa equipe é essencial é que investimentos são necessários”, finalizou.